Blog da Associação Portuguesa de Cister (Apoc)

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Páscoa do Senhor


Vigília Pascal: Homilia de D. Bernardo Bonowitz


“A quem buscais? Sou Eu”

Segundo os evangelhos, Jesus apareceu pela primeira vez depois de sua ressurreição na madrugada do domingo da Páscoa. Para mim, este ano houve uma aparição adiantada. Permitam-me compartilhar.
Tudo começou no café de manhã da Quinta-Feira Santa. Enquanto tomava o café, lembrei-me do aviso do monge que foi meu confessor em meu mosteiro de origem, a Abadia São José de Spencer: “Nunca saia do mosteiro sem um trocado. Com certeza você se encontrará com um mendigo, e não vai querer ficar sem nada para lhe dar”. Corri atrás de Irmão Mateus, o tesoureiro de nossa comunidade, e pedi-lhe cinco reais em moedas.
Seguimos então para a Missa dos Santos Óleos, na Catedral. Terminada a missa, passando pela praça em frente à catedral rumo ao estacionamento, eu vi meu mendigo. Ou talvez eu me tenha visto primeiro. Ele tinha entre trinta e quarenta anos, penso eu, estava decentemente vestido, e olhou para mim. Não estendeu a mão para pedir uma esmola, nem se aproximou de mim, não disse nada, mas me deu um sorriso enorme, um sorriso que disse, “Sei que o senhor vai me dar alguma coisa”. Fiquei muito feliz por ter me lembrado do conselho do meu antigo confessor, fui até ele, dei-lhe um real, e me descobri envolvido num abraço caloroso e demorado. Talvez fosse o abraço mais casto que tenha recebido na minha vida. E enquanto meu amigo (notem vocês que é só um pulinho da palavra ‘mendigo’ para a palavra ‘amigo’) me abraçava, ondas passavam dele para mim. Ondas, isto é, águas, rios: rios de felicidade, de saúde, de paz, de sentir-me amado. No fim do abraço, não olhamos um para o outro, não apertamos a mão um do outro, não dissemos nada. Quase sempre quem pede uma ajuda, ao recebê-la diz: ‘Deus o abençoe’. Mas não dessa vez. É como se ele tivesse sumido, mas sei que não sumiu.
Ao longo de toda aquela Quinta-feira Santa, a experiência me voltava muitas vezes à mente e a mente racional tentava compreender o que tinha acontecido. Durante aquele dia, me veio uma luz, que não era a verdadeira luz, mas uma luz precursora, uma luz tipo João Batista. Aquela luz me disse: “Veja, Bernardo, como é ser mendigo. Pense na solidão que eles experimentam. Ninguém os toca, ninguém os abraça. No fundo, muito mais do que dinheiro, o que eles buscam é o contato humano”. Me lembrei de um monge de meu antigo mosteiro que dizia que é cientificamente comprovado que todo ser humano precisa de pelos menos dois bons abraços por dia para conservar seu equilíbrio pessoal. Perguntei-me quantos dias tinham passado desde a última vez que o meu amigo teve oportunidade de abraçar e ser abraçado, e decidi que muitas dias deviam ter transcorrido, e que naquele momento de proximidade, ele, como um camelo, estava enchendo seu tanque zerado e preparando-se para cruzar mais um deserto antes de ter acesso ao consolo de um outro abraço. E fiquei muito feliz por Jesus ter me escolhido para ser aquele que dava este sinal de amizade àquele pobre senhor solitário.  Até arquivei a intuição generalizada que o que o mendigo na rua busca é mais a troca do que o troco, mais o intercâmbio de afeto do que o câmbio da bolsa dos valores. “Pode ficar com o troco”, imaginava o meu amigo dizendo. “O que eu quero é a troca.”
Os hóspedes e visitantes de nosso mosteiro provavelmente não sabem, mas às Sextas-feiras Santas, além do tempo normal da lectio divina entre vigílias e laudes, temos duas horas a mais para ler e rezar, entre os ofícios de Laudes e Tércia. Para mim, é sempre um dos momentos dourados do ano. Neste período, eu estava meditando o trecho do evangelho de João no início da narrativa da Paixão: “A quem buscais” – “A Jesus o Nazareno” –  “Sou eu”; e de repente veio a verdadeira luz, a verdadeira compreensão da graça que vivi na praça. “Seu bobo”, disse a mim mesmo, cheio de alegria, “Não foi você que em nome de Jesus abraçou o pobre mendigo; foi Jesus que em nome de Si mesmo abraçou o pobre mendigo Bernardo”. E como uma reação alérgica anafilática que pode voltar durante as vinte-e-quatro horas seguintes com toda a força da reação original, fui inundado de novo com aquele fluxo de felicidade, paz e um imenso bem estar. Não fui eu que fiz nada; Eu fui o “feito”. Jesus me comunicou algo da infinita riqueza que brota do seu coração de Crucificado e Ressuscitado. Foi por isso que o mendigo-amigo-senhor me abraçou, coração a coração: ele estava realizando uma transfusão.
Não quero afirmar que o meu amigo era, ele mesmo, Jesus de Nazaré – isso só saberei na outra vida; mas quero enfatizar que ele realmente fez as vezes de Jesus de Nazaré. De uma maneira que ultrapassa a minha compreensão, ele fez por mim o que o Ressuscitado faz por nós: ele limpou uma ferida no meu coração. Sim, no dia do lava-pés ele lavou o coração do único na comunidade – o abade – que fica com os pés não lavados; e depois ungiu, e depois encheu com aquelas especiarias das quais eu falava – felicidade, paz, contentamento, amor. Depois fechou o buraco e enviou-me, exultando, no meu caminho.
Esta história que acabo de relatar não é importante, como acontecimento pessoal, para ninguém fora de mim. Mas por outro lado, ele é teologicamente importante para todos nós. Jesus, o homem das dores, tão pobre que ficou totalmente despido de suas vestes, mais pobre que a viúva na coletaria do templo, desprezado, desonrado, totalmente humilhado, morto e sepultado: ele, ele mesmo, vive, transborda de vida, transborda de vida imortal hoje na noite da sua ressurreição gloriosa, e quer abraçar a cada um de nós, não para encontrar consolo e compreensão por seus sofrimentos, mas para consolar a nós, confortar-nos, alegrar-nos e iniciar mais uma vez o nosso processo de transformação nele, por meio do qual ele e eu, ele e cada um de nós, nos tornamos uma só coisa com ele, cheios de sua vida divina e humana. Não é necessário experimentar o incidente que relatei; mas é indispensável – pois esta é a maior alegria dada ao ser humano – experimentar a Jesus vivo, Jesus Ressuscitado, que comunica a cada um de nós a sua vida infinita e imortal. Ele nos envolve em si mesmo e nos enriquece com tudo o que ele tem e ele é. É esta a Páscoa do Senhor. ⊕
D. Bernardo Bonowitz é abade do Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Natal



Bernardo de Claraval: 

5º Sermão para a Vigília de Natal

Antes de surgir a verdadeira luz, antes da vinda de Cristo, a noite envolvia o mundo por completo; assim também a noite reinava em cada um de nós antes da nossa conversão a Deus e nossa regeneração interior. Aquela era a mais profunda das noites, e as trevas mais espessas cobriam a face da terra, no tempo em que os nossos pais honravam falsos deuses.
E houve depois em nós outra noite tenebrosa, nesse período em que sem Deus vivíamos neste mundo, guiados apenas pelos nossos desejos egoístas e por atrações mundanas, fazendo coisas das quais hoje nos envergonhamos, por serem também obras das trevas.  
Mas, agora, saístes do vosso sono; fostes santificados e vos tornastes filhos da luz e filhos do dia. Já não sois das trevas nem da noite (1Ts 5,5).
«Amanhã vereis a majestade de Deus em vós.» Hoje, por nós, o Filho fez-se justiça vinda de Deus; amanhã, se manifestará como nossa vida , para que nos configuremos a Ele na glória. Hoje nasceu-nos um Menino, para nos resgatar da vanglória do mundo e para que, ao converter-nos a Ele, sejamos humildes como crianças (Mt 18,3). Amanhã Ele se mostrará em sua grandeza para que sejamos, também nós, glorificados, quando a cada um Deus conceder a sua glória: «Seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é» (1Jo 3,2). Hoje, com efeito, não o vemos em si mesmo, mas como num espelho (1Cor 13,12); mas amanhã o veremos em nós, quando Ele se manifestar tal como é em si mesmo, e nos tomar para nos elevar até si. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Todos os Santos


Todos os Santos que militaram sob a Regra de São Bento


No dia 13 de novembro, quando a família beneditina e cisterciense celebra a festa de Todos os Santos que Militaram sob a Regra de São Bento, veneramos não apenas os grandes — São Bento, São Bernardo, Santa Escolástica — mas, e talvez ainda mais, a multidão de monges e monjas anônimos que empenharam toda a sua vida em buscar verdadeiramente a Deus, solícitos para com o Ofício Divino, a obediência e os opróbrios (RB 58, 7). Seguindo a Regra de São Bento, reconhecida até hoje por sua sabedoria, chegaram à santidade, que é a plenitude da vida humana.

Deus chama a cada um para ser santo. “Sede santos porque eu sou santo” (1Pd 1, 16 ; Lv 11, 44). E não apenas chama, mas ao nos criar à sua Imagem coloca em nós o potencial, a capacidade, e até a necessidade da santidade. Leon Bloy diz: “O único fracasso na vida é não ser santo”. E ainda São Paulo: “Antes da criação do mundo, fomos escolhidos para sermos santos e irrepreensíveis diante de Cristo no amor” (Ef 1, 4). Por isso, a santidade é a vocação de cada pessoa. Isto deve nos animar a desejar responder plenamente a este chamado de Deus.
O grave problema é que hoje, com tanto barulho e distrações na sociedade, a voz de Deus é bastante abafada. Mas discernir a voz de Deus exige silêncio interior, no qual nos confrontamos com nós mesmos – para que possamos ouvir a voz de Deus que nos convida: “Vem para o Pai”.
Ninguém está excluído deste chamado. Mesmo as almas mais escravizadas pelo pecado podem escutar a Deus e se converter, e realizar seu potencial para a santidade. Pois “o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. O próprio Jesus “canonizou” o primeiro santo, Dimas, o ladrão arrependido, pouco antes de sua morte: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43).
Que os santos monges e monjas que militaram sob a Regra de São Bento nos inspirem e ajudem a responder com alegria e gratidão a este convite para realizar nosso mais alto potencial, que é a perfeita comunhão com Deus e com todos os seus santos no Reino dos Justos, alcançada por meio do fiel seguimento de Cristo.
CAMINHO CISTERCIENSE
https://cistercienses.wordpress.com

terça-feira, 24 de julho de 2018

LIvro de Santo cisterciense





Acaba de ser editado em Portugal o livro "Vida e Escritos" do monge cisterciense S. Rafael Arnaiz (1911-1938), o qual foi canonizado em 2009 por Bento XVI.

Trata-se da primeira edição em língua portuguesa de uma obra que é muito conhecida e apreciada em Espanha. De S. Rafael só existia em português o livrinho "Saber esperar", colectânea organizada por Fr. Damián de Oseira.

A edição deste livro é de umas irmãs franciscanas, que têm uma editorial em Fátima, às quais foi cedida a tradução feita por uma monja cisterciense portuguesa.

Aconselha-se o livro, que é uma valorizada obra de espiritualidade contemporânea, e pede-se a divulgação desta bela e cuidada edição.

O contacto da editorial é o seguinte:


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Congresso de Alcobaça 2018




Foi um grande sucesso o congresso internacional organizado pela Associação Portuguesa de Cister, em colaboração com a Associação dos Amigos do Mosteiro de Alcobaça.
Durante três dias, uma centena de participantes de vários países compartilharam o seu interesse pelo mundo cisterciense. Foram apresentadas cerca de sete dezenas de comunicações de excelente qualidade e assistiu-se a interessantes debates. Foi também muito agradável a parte social do evento.

Acreditamos que, de este congresso, sairá mais uma importante obra (actas) com excelentes contribuições sobre os vários domínios dos estudos cistercienses (História, Arte, Espiritualidade, etc.).

sexta-feira, 23 de março de 2018

Fundação de Cister há 920 anos



Um artigo sobre a festa do Trânsito de São Bento, 21 de março (calendário monástico).



Esta é uma celebração de dupla importância para os Cistercienses, pois é também o aniversário da fundação do mosteiro de Cister, há 920 anos atrás (1098).

Os fundadores de Cister


Os fundadores de Cister, no blog SCHOLA CHRISTI dos nossos amigos monges do Mosteiro trapista de Nossa Senhora do Novo Mundo (Brasil).


https://cistercienses.wordpress.com/2018/01/26/os-fundadores-de-cister-i-s-roberto-de-molesmes/

domingo, 10 de dezembro de 2017

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Congresso sobre CISTER em 2018


Anuncia-se a realização, em Alcobaça, nos dias 6 a 8 de Julho de 2018, do II Congresso Internacional "Mosteiros Cistercienses", em cuja organização estará envolvida a APOC.


Informações em:

www.cister-alcobaca2018.com

Escultura medieval

Congresso ALMAS DE PEDRA

sobre Escultura tumular medieval


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Colóquio em S. Cristóvão de Lafões

Nos próximos dias 5 e 6 de Maio realiza-se o XIII Encontro Cultural de S. Cristóvão de Lafões, mosteiro cisterciense restaurado pelo Doutor Walter Osswald e sua Família, que há anos organizam esta notável iniciativa cultural centrada na ordem cisterciense.
O tema do colóquio deste ano é "Devoções e sensibilidades marianas: da ´memória de Cister ao Portugal de hoje".

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Doces conventuais cistercienses


As nossas amigas irmãs cistercienses da comunidade do Rio Caldo (S. Bento da Porta Aberta) foram distinguidas na 18ª Mostra Internacional Doces e Licores Conventuais, realizada na passada semana no mosteiro de Alcobaça, com o 1º Prémio do Concurso para Compostas Conventuais.
O prémio foi atribuído à extraordinária compota de ameixa com chocolate preto.
Parabéns !!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

TEMPLÁRIOS em Alcobaça


PROGRAMA

de manhã (10.30H):

 1) José Albuquerque Carreiras, Instituto Politécnico de Tomar
    Jerusalém no tempo do templários

2) Carlos de Ayala Martinez, Universidade Autónoma de Madrid
    El nacimiento de un fraude historiográfico: a propósito del “misterio” sobre la orden del Temple

 de tarde (15H):
3) Giulia Rossi Vairo, Instituto de Estudos Medievais (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
A extinção da Ordem do Templo e o advento da Ordem de Cristo à luz das fontes arquivísticas

 4) Nuno Villamariz Oliveira, Instituto de Estudos Medievais e Instituto de História da Arte (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)
Novas problemáticas em torno da arquitectura e espiritualidade templárias


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Homenagem ao Padre Damián

Na próxima 6ª feira, dia 27, a partir das 10.30H, haverá uma sessão de homenagem ao nosso grande amigo Padre Damián de Oseira no mosteiro de Montederramo, na Galiza.
O Padre Damian cumpriria este ano o seu centenário.


A homenagem é organizada pela ACIGAL - Associação dos Mosteiros Cistercienses da Galiza, e está integrada numa sessão de apresentação desta nova associação.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Alcobaça - novo LIVRO

Os nossos amigos Rui Rasquilho e António Maduro apresentam um novo livro sobre o mosteiro e os coutos de Alcobaça no próximo dia 7.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Conferências em Alcobaça

No próximo dia 19 de Março, pelas 15 h, na Sala do Capitulo do Mosteiro de Alcobaça, realiza-se mais uma sessão do Ciclo de Conferências sobre Estudos Monásticos Alcobacenses, dedicada à “Obra de Iria Gonçalves e os Estudos Medievais Alcobacenses”, com a participação dos Professores Doutores Iria Gonçalves, Pedro Barbosa e Hermenegildo Fernandes.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Colóquio ALCOBAÇA - CLARAVAL

No próximo dia 14 de Novembro realiza-se no mosteiro de Alcobaça um colóquio comemorativo dos 900 anos da fundação da abadia de Claraval.
A abadia de Claraval, da qual foi primeiro abade São Bernardo, foi uma das quatro filhas de Cister, isto é, um dos quatro mosteiros fundados a partir dos mosteiro primordial de Citeaux (Cister), origem da Ordem Cisterciense.
A abadia de Alcobaça foi, por sua vez, uma fundação da abadia de Claraval (carta de fundação de 1153).


Mosteiro de Seiça - Novo livro

No próximo dia 7 de Novembro será apresentado um novo livro sobre o mosteiro cisterciense de Santa Maria de Seiça. Trata-se da tese de mestrado do Dr. António Ferreira Cabete, apresentada e defendida recentemente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
O evento terá lugar pelas 18 horas no edifício da Biblioteca e do Museu Municipal da Figueira da Foz.
A apresentação do livro estará cargo da Prof. Doutora Maria Alegria Marques.


Mosteiro de Alcobaça - Novo livro

No próximo dia 7 de Novembro é apresentado no Mosteiro de Alcobaça, pelas 15h30, o novo livro da Drª Ana Margarida Martinho. Dedicado à obra de Manuel Vieira Natividade, tem como subtítulo: "Do Mosteiro aos Coutos de Alcobaça: Um périplo pela Salvaguarda do Património Cultural".
A apresentação será feita pelo Prof. Doutor Pedro Gomes Barbosa.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cister e as Ordens Militares - Novo LIVRO


Foi apresentado em Palmela na passada 5ª feira, durante o VII Encontro Internacional sobre Ordens Militares, o último livro editado pela Associação Portuguesa de Cister.
 
Trata-se da obra colectiva "Cister e as Ordens Militares na Idade Média - Guerra, Igreja e Vida Religiosa", da responsabilidade editorial de José Albuquerque Carreiras e Carlos Ayala Martinez.


O livro contém textos dos historiadores Kristjian Toomaspoeg, Carlos de Ayala Martinez, Francesco Renzi, Luís Filipe Oliveira, Josep Sans i Travé, Paula Pinto Costa, Maria Cristina Pimenta, Giulia Rossi Vairo, Olga Pérez Monzón. Os autores são conhecidos investigadores e professores de universidades de vários países europeus.

O livro encontra-se à venda em Lisboa, na Livraria Férin, e pode ser pedido (envio por correio) para portugal.cister@gmail.com




terça-feira, 20 de outubro de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

João Inês Vaz


Lembramos o nosso querido amigo João Inês Vaz, falecido inesperadamente no passado dia 23 de Junho. As condições em que ocorreu a sua morte, devida a ataque cardíaco fulminante, espalharam a consternação entre os seus inúmeros amigos e no meio académico.
O João Inês Vaz era doutorado em Pré-História e Arqueologia e Professor aposentado da Universidade Católica. Era um grande especialista na Proto-História e no Período Romano de Portugal. Era um homem bom, de uma enorme simpatia e de com uma grande cultura e sabedoria.
O João Inês Vaz foi também um grande apaixonado pela Ordem de Cister. Foi um dos organizadores dos colóquios "Tarouca e Cister", que tiveram lugar nas terras dos mosteiros cistercienses de S. João de Tarouca e de Salzedas, e dos quais se editaram alguns livros com comunicações importantes para o estudo de Cister. Foi também um dos fundadores da nossa Associação Portuguesa de Cister, participando activamente nas nossas iniciativas. Desde a última Assembleia Geral, integrava os órgãos dirigentes da APOC, que agora fica mais pobre.
Que descanse em Paz.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Padre Damián - D.E.P.

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Pax
Sé fiel hasta la muerte
 y recibirás la corona de la vida
(Ap 2,10c)

Hoy  27 de mayo de 2015
 en nuestro Monasterio Cisterciense de OSEIRA (Ourense)
 nuestro hermano

P. DAMIÁN YÁÑEZ NEIRA

ha partido hacia Dios, con una muerte en su paz.

Tenía 98 años de edad y 86 de vida monástica

Los monjes de Oseira y sus familiares ruegan oraciones y sacrificios
 en memoria de este querido hermano, con una vida monástica tan larga y el último de los monjes que convivió, en el noviciado,
con nuestro santo hermano Rafael Arnáiz

La celebración exequial tendrán lugar el jueves 28 de mayo a las 11h
en el Monasterio de Oseira (Ourense).


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A Trapa - comemorações

Comemoram-se este ano os 350 anos da reforma empreendida no mosteiro cisterciense de La Trappe, em 1664, pelo abade Armand de Rancé. Esta reforma teve uma grande influência entre os cistercienses e muitos mosteiros aderiram a ela constituindo congregações trapistas. Os cistercienses trapistas iriam fundar uma nova Ordem no final do século XIX, hoje chamada Ordem Cisterciense da Estrita Observância.
 
Por outro lado, comemoram-se também os 200 anos do regresso dos cistercienses à abadia de La Trappe. Em 1791, durante a Revolução francesa os monges tiveram que abandonar a abadia e refugiaram-se na Suiça, na cartuxa desabitada de Valsainte, onde seguiram uma observância regular de grande austeridade. Após a derrota de Napoleão, foram os cistercienses-trapistas  de Valsainte que tomaram em mãos a missão de restaurar a Ordem de Cister em França, reocupando a abadia de La Trappe.
 
Sobre a vida na Trapa em 1960, veja este video:

Simpósio Internacional na Covilhã

Nos próximos dias 20 e 21 de Novembro realiza-se na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, o II Simpósio Internacional "Espaços de Cister: Arquitectura e Música". O evento conta com o apoio da APOC.


Pode consultar o programa em:
https://www.ubi.pt/Noticia.aspx?id=5293

terça-feira, 30 de setembro de 2014

“Cister no Douro” inaugura no Metro do Porto


A chegada de Cister ao Douro no século XII viria a marcar em definitivo a História de um território hoje reconhecido internacionalmente. Património da Humanidade, deve a sua classificação ao trabalho das sucessivas comunidades de cistercienses que transformaram o Vale do Douro num espaço de cultura e saber, modificando a paisagem e o território. É este legado que “Cister no Douro” leva a partir do próximo dia 10 de outubro à estação da Casa da Música do Metro do Porto, numa experiência de som e imagem.
Organizada pelo Museu de Lamego, projeto Vale do Varosa e Direção Regional de Cultura do Norte, “Cister no Douro” assume-se como uma instalação multimédia, destinada a divulgar a herança histórica, cultural, arquitetónica e artística legada pela presença desta Ordem monástica na região.
Sustentada em imagem impressa e projetada e por uma sonoplastia capaz de envolver o visitante, este é um projeto direcionado para o público nacional e internacional, estando por isso prevista a sua itinerância em espaços públicos.
O Metro do Porto foi o primeiro a responder ao desafio e até 9 de novembro a estação da Casa da Música promete ser um espaço diferente, dominado por seis testemunhos materiais das comunidades cistercienses instaladas durante a Idade Média e o período moderno a sul do Douro, duas casas femininas e quatro masculinas: Tabosa, Arouca, S. João de Tarouca, Santa Maria de Salzedas, São Pedro das Águias e Santa Maria de Aguiar.
Todas, à exceção de Tabosa, fundadas no rescaldo da reconquista e sob a matriz “Ora et Labora”, colocaram a espiritualidade ao serviço de Deus, mas também do conhecimento, possibilitando o avanço de novas técnicas, instrumentos e saberes que, no caso do Douro, se revelaram fundamentais para a excelência hoje reconhecida como Património da Humanidade.
De acesso livre, “Cister no Douro” promete divulgar um território histórico, um património único, numa experiência de som e imagem. A inauguração está agendada para as 22h00 do próximo dia 10 de outubro.

do blog "Vale do Varosa"

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Alcobaça - Apresentação de LIVRO



No próximo dia 11 de Outubro, pelas 16h, na Sala do Capítulo da Abadia de Alcobaça é apresentado o livro "Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça - Contributos para a história do restauro da Igreja e da Sacristia Nova (1850-1960)", da autoria da Drª Ana Margarida Martinho.
O livro será apresentado pelo Professor Doutor Virgolino Jorge.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COLÓQUIO "Cister, os Templários e a Ordem de Cristo"


Nos próximos dias 10 a 12 de Outubro realiza-se no Convento de Cristo, em Tomar, o II Colóquio Internacional "Cister, os Templários e a Ordem de Cristo".

Trata-se de mais uma organização da Associação Portuguesa de Cister, mais concretamante do seu Studium Cistercium et Militarium Ordinum, centro de estudos sobre ordens militares de influência cisterciense.
Estarão presentes como conferencistas alguns dos maiores especialistas portugueses e estrangeiros.

Para mais informações, ver:
www.cister-templarios.ipt.pt

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mosteiro de S. Bento de Cástris


Nos próximos dias 19 e 20 de Setembro realiza-se em Évora, no Mosteiro de S. Bento de Cástris, a II Residência Cisterciense.

Serão analisadas as "dimensões da estética monástico-religiosa", em especial no que respeita a "temáticas de Música".

Para mais informações:

http://www.residenciacisterciense.pt.vu/

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Amigos do Mosteiro de Seiça


Foi com alegria que tomámos conhecimento da fundação da Associação dos Amigos do Mosteiro de Santa Maria de Seiça e da constituição dos seus primeiros órgãos sociais no passado mês de Fevereiro.
Mesmo no estado ruinoso em que se encontra, o conjunto monástico cisterciense de Seiça - agora apenas constituído pela igreja e por um claustro - guarda um maravilhoso encanto que seria muito importante preservar e se possível recuperar para uma função de acordo com o seu passado e pergaminhos. Pelo que sabemos, é esse o desiderato prosseguido pela nova associação, que já iniciou contactos com a Câmara da Figueira da Foz, proprietária do imóvel, com vista nesse objectivo.

Mais informações em:
 https://www.facebook.com/smseica?ref=hl#!/smseica

Esta associação junta-se aos esforços há muito desenvolvidos pelos nossos amigos Inês Pinto e Sílvio Gaspar para dar a conhecer tentar salvaguardar este património valiosíssimo.

Veja-se o seu sítio web, do qual retirámos a fotografia deste post: http://mosteirodeseica.com/

Seminário em Tomar e em Alcobaça


Seminário Internacional "Projecto TACELO" sobre as esculturas monumentais em terracota do Mosteiro de Alcobaça. 
Locais: Instituto Politécnico de Tomar e Mosteiro de Alcobaça.
 
Destacamos as conferências "Ordem de Cister: uma breve síntese histórica" por José Albuquerque Carreiras, presidente da APOC, e "Para mayor culto del oficio divino y servicio de Dios: las iglesias de los monasterios cistercienses de la Congregación de Castilla (siglos XV-XIX)" por Antonio García Flores, monge cisterciense da Abadia de Santa Maria de Huerta e doutor em História da Arte. 
 
Informações em: www.tacelo.ipt.pt

sábado, 25 de janeiro de 2014

Abadessa portuguesa num mosteiro de Espanha


Na ausência de mosteiros em Portugal, as vocações cistercienses encaminham-se para outros países, em particular para Espanha.
Chega-nos a feliz notícia, pelo nosso querido amigo Frei Damián Yáñez Neira, de que no mosteiro cisterciense de S. Joaquim e Santa Ana de Valladolid acaba de ser eleita abadessa uma monja portuguesa.
O mosteiro de S. Joaquim e Santa Ana faz parte da Congregação Cisterciense de São Bernardo (C.C.S.B.), cuja cabeça é o Real Mosteiro de Las Huelgas, localizado em Burgos.

sábado, 21 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Um dia histórico

No passado domingo, dia 15 de Setembro, os cisterciences voltaram a Portugal, a terras do Bouro.
No Santuário de Nossa Senhora da Abadia, antigamente administrado pela abadia de Santa Maria do Bouro, voltaram a ser cantadas vésperas pelos monges brancos, acompanhados pelas irmãs cistercienses da casa do Gerês (S. Bento da Porta Aberta).
Estiveram entre nós dez monges dos mosteiros de Oseira e de S. Isidro de Dueñas, tendo à sua frente o nosso amigo D. Juan Javier Martín, abade de S. Isidro.
Foi um dia histórico e uma celebração emocionante e inesquecível.
Com a igreja completamente cheia, o Senhor Arcebispo de Braga quis associar-se ao grande acontecimento - organizado pela Associação Portuguesa de Cister com a colaboração da Real Confraria de Nª Senhora da Abadia - presidindo à Eucaristia e proferindo uma bela homilia em que teceu os maiores louvores à vida monástica e orou pelo regresso dos monges cistercienses ao nosso país.
 
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Dia cisterciense no Gerês

No próximo domingo, dia 15, celebra-se um dia cisterciense no Santuário de Nª Senhora da Abadia (Amares - Gerês).
Um grupo de monges dos mosteiros de S. Isidro de Dueñas e Oseira, entre eles o nosso amigo e associado honorário da APOC D. Juan Javier Martín Hernández, Abade de S. Isidro de Dueñas, estarão connosco durante a tarde.

O PROGRAMA é o seguinte:
 
16.30H - Ofício de Vésperas (cantadas pelos monges).
17.00H - Missa, presidida pelo Senhor Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga.
               Depois da missa, D. Juan Javier Martín fará uma intervenção sobre
               a Ordem de Cister e estará disponível para responder a todas as
               questões.