Todos os Santos que militaram sob a Regra de São Bento
No dia 13 de novembro, quando a família beneditina e
cisterciense celebra a festa de Todos
os Santos que Militaram sob a Regra de São Bento, veneramos não apenas os grandes — São Bento, São Bernardo, Santa
Escolástica — mas, e talvez ainda mais, a multidão de monges e monjas anônimos
que empenharam toda a sua vida em buscar verdadeiramente a Deus, solícitos para com o Ofício Divino, a
obediência e os opróbrios (RB 58,
7). Seguindo a Regra de São Bento, reconhecida até hoje por sua sabedoria,
chegaram à santidade, que é a plenitude da vida humana.
Deus chama a cada um para ser santo. “Sede santos
porque eu sou santo” (1Pd 1, 16 ; Lv 11, 44). E não apenas chama, mas ao nos
criar à sua Imagem coloca em nós o potencial, a capacidade, e até a necessidade da
santidade. Leon Bloy diz: “O único fracasso na vida é não ser santo”. E ainda
São Paulo: “Antes da criação do mundo, fomos escolhidos para sermos santos e irrepreensíveis diante de Cristo
no amor” (Ef 1, 4). Por isso, a santidade é a vocação
de cada pessoa. Isto deve nos animar a desejar responder plenamente a este
chamado de Deus.
O grave
problema é que hoje, com tanto barulho e distrações na sociedade, a voz de Deus
é bastante abafada. Mas discernir a voz de Deus exige silêncio interior, no
qual nos confrontamos com nós mesmos – para que possamos ouvir a voz de Deus
que nos convida: “Vem para o Pai”.
Ninguém está
excluído deste chamado. Mesmo as almas mais escravizadas pelo pecado podem
escutar a Deus e se converter, e realizar seu potencial para a santidade. Pois
“o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. O próprio Jesus
“canonizou” o primeiro santo, Dimas, o ladrão arrependido, pouco antes de sua
morte: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43).
Que os santos
monges e monjas que militaram sob a Regra de São Bento nos inspirem e ajudem a
responder com alegria e gratidão a este convite para realizar nosso mais alto
potencial, que é a perfeita comunhão com Deus e com todos os seus santos no
Reino dos Justos, alcançada por meio do fiel seguimento de Cristo.
CAMINHO CISTERCIENSEhttps://cistercienses.wordpress.com