Blog da Associação Portuguesa de Cister (Apoc)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

EXÓRDIO DE CISTER (II)



Então partiram vinte e um monges, juntamente com o Padre daquele mosteiro, Roberto, de bem-aventurada memória, e de acordo com a vontade de todos, procuraram levar a cabo, de comum acordo, o que num mesmo espírito haviam concebido. Portanto, depois de muitos sacrifícios e grandes dificuldades, os quais devem padecer todos quantos querem viver piedosamente em Cristo, guiados pelo seu desejo, chegaram a Cister, que era então um lugar horrível e de uma solidão imensa. Porém, os soldados de Cristo, entenderam que a austeridade do lugar não se afastava do árduo propósito que o seu espírito havia já concebido, de modo que, como se deveras houvesse sido preparado por Deus para eles, agradou-lhes tanto aquele lugar como amável era o ideal a que se haviam proposto.

II. DO INÍCIO DO CENÓBIO DE CISTER

Assim, pois, no ano de 1098, da Encarnação do Senhor, seguros do apoio e protegidos pela autoridade do venerável Hugo, arcebispo de Lyon e então legado da Sede Apostólica, do piedoso Galtério, bispo de Chalon e do nobilíssimo príncipe Odon, duque de Borgonha, começaram a construir uma abadia, naquele ermo que haviam encontrado, depois do referido Abade Roberto ter recebido das mãos do bispo daquela diocese de Chalon o báculo pastoral, assegurando aos demais a estabilidade naquele lugar, debaixo da sua autoridade.

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